Milhares de pessoas nas Portas do Mar são demonstração de confiança na vitória do PS

PS Açores - 11 de outubro, 2008
Mais de três mil pessoas acorreram às Portas Mar para participarem no jantar-comício do Partido Socialista, naquela que foi a maior manifestação de apoio registada nesta campanha eleitoral. Dirigindo-se à multidão - logo após as intervenções do número dois da lista por S. Miguel, José Contente, e do secretário-geral do PS, José Sócrates, que se deslocou aos Açores, uma vez mais, para participar na campanha -, Carlos César assegurou que "nunca caberíamos todos no Coliseu, nunca caberíamos todos em dois Coliseus, nunca caberíamos todos em três Coliseus. Mal cabemos aqui. Somos muitos por esta ilha fora. É uma demonstração da confiança dos açorianos no presente, é uma demonstração da nossa esperança no futuro, é uma demonstração da energia do Partido Socialista que nos vai levar, no dia 19, a uma grande e merecida vitória eleitoral". Afirmando que o PS é a força positiva destas eleições, "a força que dá força aos Açores", acrescentou que são precisos líderes e organizações políticas que mobilizem os açorianos, nunca os desmoralizem, não confundam oposição legítima ao Governo com o desmerecimento dos Açores, nem lancem as ilhas umas contra as outras. Registando o gesto de José Sócrates, que se desloca à Região, pela segunda vez, nesta campanha, elogiou o apoio sempre por ele manifestado aos Açores, numa demonstração de coragem na defesa dos pontos de vista açorianos, na defesa da autonomia regional e da descentralização, o que o torna merecedor do apoio dos açorianos em próximos actos eleitorais de carácter nacional. "Mas ele sabe que esta solidariedade (…) não nos inibe, nunca nos condiciona, em circunstância ou momento algum, de protestar quando é preciso, de propor quando é necessário, de defender com todo o vigor, sempre que for indispensável, os interesses dos Açores e a realização plena da autonomia regional", realçou. Prosseguindo, garantiu que "não há político, não há partido, não há Governo da República ou, como até já se viu, não há qualquer outro órgão de soberania que julgue que possa contar com o meu silêncio ou o meu apoio em prejuízo dos Açores. Não contem comigo para isso, nunca contarão comigo para isso". O presidente do PS/Açores recusou, por outro lado, as leituras catastrofistas de partidos da oposição sobre os efeitos, nos Açores, da crise internacional, "porque cuidamos das nossas finanças públicas". A propósito, rejeitou liminarmente o "alarmismo populista" com que uma candidata do PSD, falando "mais alto do o líder dela", disse desconfiar das finanças públicas regionais e que "só as dívidas da SPRI e da Saudaçor eram muito maiores do que a dívida da Região do tempo dela". Ao invés, garantiu Carlos César, "até são metade das dívidas do tempo dela. A dívida da Região do tempo dela era 34,2% do PIB. A dívida da Região do meu tempo é 8% do PIB. E, já de vez (…), a dívida da Câmara Municipal dela é que quadruplicou nos últimos seis anos! O PS não recebe lições de quem já levou, em 1996, os Açores quase à falência e à bancarrota". Ouvir declaração de Carlos César